Protocolo de higienização das mãos

processo de lavagem de mãos
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Inegavelmente, a higiene das mãos internacionalmente reconhecida como a ferramenta mais importante na prevenção da disseminação de infecções associadas aos serviços de saúde.

Segundo a OMS, existem poucos dados definitivos sobre as atividades com maior probabilidade de transmitir bactérias por meio das mãos. No entanto, existem vários estudos que identificaram muitas possibilidades. 

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Bactérias já foram encontradas nas mãos de profissionais de saúde após atividades como tratamento de feridas, cuidados com cateteres e do trato respiratório. Assim como, foram encontradas após contato “limpo”, como verificação de pulso, temperatura ou pressão sanguínea do paciente.

Os organismos encontrados, após esse contato com o paciente, variam entre Klebsiella spp., Staphylococcus aureus, Clostridium difficile, MRSA e gram-negativas. No entanto, o contato direto com o paciente não é a única maneira de contaminar as mãos de profissionais de saúde. 

Os desafios das mãos contaminadas

Os profissionais de saúde podem adquirir bactérias em suas mãos tocando superfícies contaminadas no ambiente do paciente. Só para exemplificar, simplesmente tocando um prontuário contaminado no posto de enfermagem, as mãos já são contaminadas.

Lavar as mãos antes e depois do contato com o paciente parece uma solução simples para evitar a disseminação de bactérias entre os pacientes. Certamente, a maioria dos hospitais possui políticas de higiene das mãos que orientam seus funcionários a fazer exatamente isso. Contudo, não é tão simples quanto parece.

Sem dúvidas, uma das coisas mais importantes sobre a higiene das mãos é que ela funciona até para organismos resistentes aos antibióticos. Dessa maneira, o problema é que precisa ser executada com um alto nível de conformidade para que funcione. 

Riscos associados à falta de higienização das mãos

Várias doenças infecciosas podem se espalhar de uma pessoa para outra por mãos  contaminadas. Essas doenças incluem infecções gastrointestinais, como Salmonella, e respiratórias, como influenza. Por certo, lavar as mãos adequadamente pode ajudar a impedir a propagação dos germes (como bactérias e vírus) que causam essas doenças.

Algumas formas de infecções gastrointestinais e respiratórias podem causar complicações sérias. Posto isso, especialmente para crianças pequenas, idosos ou pessoas com um sistema imunológico enfraquecido.

Além disso, há as infecções associadas aos cuidados de saúde (IRAS), que representam uma séria ameaça às pessoas internadas no hospital e contribuem para o ônus econômico dos cuidados de saúde.

Os microrganismos são facilmente transmitidos nas mãos dos pacientes, acompanhantes, visitantes e até dos profissionais de saúde.

Assim sendo, é possível reduzir as IRAS usando práticas eficazes de prevenção de infecções, como melhorar a conformidade com a higiene das mãos. 

Todavia, melhorar a conformidade com a higiene das mãos diz respeito ao comportamento humano, cultura organizacional e liderança. Ademais, requer uma abordagem multifacetada para alcançar uma melhor conformidade com a higiene das mãos.

Benefícios da higienização das mãos comprovados

Antes de mais nada, é interessante mencionar que em meados do século XIX, o conceito de higiene das mãos foi introduzido pela primeira vez por um médico húngaro chamado Ignaz Semmelweis. Surpreendentemente, ele descobriu que quando os médicos lavavam as mãos antes de auxiliarem mulheres em seus processos de parto, evitavam mortes. 

Embora ele tenha sido inicialmente ridicularizado por essa sugestão, acabou sendo reconhecido que ele estava correto.

Após séculos de conhecimento, agora se sabe que Semmelweis estava certo e que lavar as mãos é uma maneira eficaz de prevenir as IRAS. Ao propósito, todas as tecnologias e outras ferramentas complexas que usamos para impedir as IRAS são facilmente anuladas se os profissionais de saúde não lavarem as mãos.

Desde a observação de Semmelweis, existem estudos para confirmar o papel que as mãos desempenham na transmissão de patógenos no ambiente de saúde. Bem como, várias organizações, incluindo o CDC, a OMS e a Anvisa publicaram diretrizes sobre práticas apropriadas de higiene das mãos.

Falta de conformidade

Entretanto, apesar de todos os esforços para melhorar a adesão a higiene das mãos em hospitais, as taxas de conformidade estão longe de onde deveriam estar. Existem estudos científicos que mostram adesão à higiene das mãos, de acordo com as diretrizes da OMS, geralmente em torno de 50% a 60%.

É certo que, lentamente, essa realidade começou a mudar. No entanto, é preciso um esforço longo e sustentado, e uma intervenção multifacetada para mudar o comportamento já enraizado.

A saber, a conformidade com as práticas de higiene das mãos não é intencional, de acordo com os especialistas. Certamente, existe uma grande conscientização sobre a higiene das mãos entre os profissionais de saúde. Todos sabem a importância da higiene das mãos, e todo mundo quer realizá-la.

No entanto, há muitos motivos para a conformidade abaixo da ideal entre os profissionais de saúde, incluindo:

  • Ambiente – localização e / ou disponibilidade de pias e / ou solução alcoólica para higienizar as mãos;
  • Organizacional – disponibilidade de modelos clínicos de alto perfil;
  • Psicológico – uma falta de tempo percebida para a higiene das mãos;
  • Educação – por exemplo, conceitos errôneos sobre quando a higiene das mãos deve ser realizada;
  • Fatores físicos – por exemplo, irritação e secura da pele;

Considerando estes fatores, a mudança comportamental requer um programa multinível, multidisciplinar e multimodal. Desse modo, os programas de conformidade com a higiene das mãos devem considerar:

  • Programas de educação;
  • Feedback e reforço positivo;
  • Mandato administrativo (e às vezes cultura organizacional e mudança de sistema);
  • Liderança e motivação.

O fato é que, no final das contas, a higiene das mãos é um comportamento altruísta por parte dos profissionais de saúde. Isso se dá, porque a pessoa que carrega o fardo de fazê-lo realmente não colhe seus benefícios. O benefício é acumulado para o paciente. 

Mudando hábitos

Inegavelmente, os profissionais de saúde geralmente ficam sobrecarregados ao pensar em outras coisas, particularmente no status de seus pacientes, e nunca desenvolvem o hábito de higienizar as mãos. 

Se a higienização das mãos era algo que precisavam lembrar antes de cada paciente, seria um enorme problema, pois não se tornou um hábito. Para funcionar, é algo que precisa ser feito como um hábito, sem sequer pensar nisso. O problema é que é difícil criar esse hábito ou aplicá-lo entre os profissionais de saúde. 

Iniciativas internacionais

Ao nível internacional, a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu estratégias para melhorar a adesão às práticas de higiene de mãos em serviços de saúde. Assim, a metodologia, conhecida como estratégia multimodal ou multifacetada, prevê cinco componentes:

  • Disponibilização da preparação alcoólica no ponto de assistência, além de pia/lavatório, sabonete líquido e água;
  • Capacitação dos profissionais;
  • Observação das práticas de higiene de mãos e retorno de indicadores de adesão a equipe;
  • Lembretes e cartazes no local de trabalho;
  • Estabelecimento de um clima de segurança, com apoio expresso da alta direção e líderes dos serviços de saúde.

Também foram definidos os cinco momentos para a higiene de mãos.

Antes:

  1. do contato com o paciente; 
  2. de qualquer tarefa asséptica; 

Após:

  • exposição a fluidos corporais; 
  • contato com o paciente; 
  • contato com o ambiente do paciente.

Veja também: Lucas Cirúrgicas e Luvas de Procedimentos: Quando utilizar cada uma delas?

Iniciativas nacionais

No Brasil, a Anvisa desencadeou uma série de ações para difundir a cultura e fornecer subsídios técnicos e informativos aos gestores e profissionais que atuam nos serviços de saúde.

Dentre estas, a Resolução da Diretoria Colegiada nº 42, de 25 de outubro de 2010, que estabeleceu a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para a higiene nos pontos de assistência, em serviços de saúde do país.

Já a RDC nº 36, de 25 de julho de 2013, que contempla o protocolo para higiene de mãos. 

E por último, a Nota Técnica 01/2018-GVIMS/GGTES/ANVISA, que trata da seleção de produtos de higiene de mãos.

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