MAP ou DAP? Entenda as Diferenças e Saiba Qual a Melhor Opção

map e dap
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Cada vez mais agricultores procuram fertilizantes para otimizar a produtividade e a qualidade de suas culturas. A dúvida entre MAP ou DAP, duas das principais alternativas, costuma surgir nessa hora.

Ambos apresentam diversas semelhanças. Se informações técnicas forem usadas para definir cada um, pode ser difícil diferencia-los e decidir qual a melhor opção.

Continue lendo esse artigo para entender as características de cada fertilizante, aprender a diferencia-los e entender as situações para que cada um é mais indicado.

MAP ou DAP? – O que são?

Os fertilizantes de fosfato diamônico (DAP) e fosfato monoamônico (MAP) são derivados de minérios naturais de fosfato e são os produtos mais utilizados para enriquecer o solo com fósforo (P), um nutriente essencial para as plantas.

Um solo pobre em nutrientes necessita de adaptações para o cultivo. Nesse ponto, os adubos entram como principal opção para recuperar o terreno e adequá-lo as plantações.

O MAP e o DAP são duas excelentes alternativas para fertilizar a terra e aumentar a produtividade.

Tanto o MAP quanto o DAP são exemplos de fertilizantes minerais. Eles utilizam substâncias químicas, ao contrário dos fertilizantes orgânicos, e são produzidos em laboratório.

Sendo assim, permitem um grande controle e uma maior dosagem de seus nutrientes, como o fósforo e a amônia.

Possuem como vantagem a rápida absorção pelo solo a disponibilização quase imediata dos nutrientes para as plantas. No entanto, exigem cuidado na aplicação para evitar a superdosagem e não prejudicar a saúde do solo e do plantio.

Ambos são granulados e apresentam azoto-fósforo, com o azoto presente em forma de amônio.

São também considerados fertilizantes universais. Ou seja, podem ser utilizados em qualquer cultura e qualquer tipo de solo.

O DAP é, atualmente, o fertilizante a base de fosfato mais produzido no mundo. Em 2011, foram 22 milhões de toneladas, contra 14 milhões de toneladas do MAP.

Se apresentam como fundamentais na estratégia de alimentação do planeta. Usados no mundo todo, garantem que uma população cada vez mais abundante possa ter acesso a alimentos.

No entanto, o fósforo não é um recurso renovável. Por isso, a utilização e extração adequada das rochas fosfáticas tem se tornado assunto cada vez mais recorrente.

Veja também: Entendendo o drone pulverizador e suas vantagens para a agricultura

Diferenças entre MAP e DAP

Quando se trata de efetividade, ambos os fertilizantes apresentam excelente capacidade de aumentar a produtividade do solo. Os dois apresentam tanto o fósforo quanto o nitrogênio (N), beneficiando o crescimento das plantas.

A diferença química entre esses dois fertilizantes é a quantidade de amônia no produto final. O DAP possui dois pesos moleculares (mols) de amônia, que são combinados com um mol de ácido fosfórico. Já o MAP combina um mol de cada composto.

A amônia fornece nitrogênio, que é a outra parte importante desses adubos (juntamente com o fósforo). Sendo assim, o DAP fornece um teor maior de nitrogênio do que o MAP – 18% e 11%, respectivamente.

Por causa da concentração maior de amônia, o DAP apresenta um pH (nível de acidez) para cada grão de si mesmo entre 7.8 e 9.2, o que significa que é um produto alcalino. Já o MAP apresenta um pH inicial que varia de 3.5 a 4.2, ou seja, é ácido.

Sendo assim, adicionar o DAP em um solo já alcalino pode produzir zonas livres de amônia. Essas áreas podem ser prejudiciais em mudas jovens, resultando em problemas de germinação ou danos nas raízes.

Ao contrário dos solos alcalinos, os solos mais ácidos aumentam a oferta de nutrientes como ferro, zinco e manganês às plantas.

No entanto, a aplicação de MAP em terrenos ácidos pode causar toxicidade por amônia, a hiperamonemia. Essa condição é tóxica para a germinação de sementes.

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Como escolher entre MAP ou DAP

O principal fator que vai determinar a escolha entre MAP ou DAP é o solo. O nível de pH (acidez) da terra deve ser levado em consideração antes de se decidir entre os adubos.

O MAP, por possuir um nível baixo de pH e ser ácido, é ideal para terrenos neutros e alcalinos. Se utilizado em solos já ácidos, pode aumentar demais a toxicidade e impedir o correto crescimento do plantio.

Já o DAP apresenta um nível pH maior e é alcalino, sendo recomendado para terrenos neutros e ácidos. Caso seja aplicado em terrenos já alcalinos, pode prejudicar o desenvolvimento das plantas.

Além disso, é preciso levar em consideração a solubilidade de cada fertilizante, que pode ser responsável por diferenças na hora de disponibilizar os nutrientes para a plantação.

Nesse caso, quando a fertilização é feita muito próxima à raiz das plantas ou no subsolo, as distinções entre ambos são baixas.

Mas, quando aplicado sobre a terra, a maior concentração de amônia no DAP e sua alcalinidade fazem com que tenha muito potencial de perda de nitrogênio através da evaporação.

As perdas de nitrogênio do DAP podem ser 20% maiores do que do MAP. Isso significa menos nutrientes para as plantas, menos desenvolvimento e um menor retorno do investimento nos adubos.

Resumindo:

  • MAP é mais indicado para terrenos neutros ou alcalinos.
  • DAP é mais indicado para terrenos neutros ou ácidos.
  • No caso dos terrenos neutros, o método de aplicação é o diferencial.
  • Se for aplicado acima da terra, o MAP pode ser mais vantajoso.
  • Já se for aplicado no subsolo, o DAP pode ser melhor por conter mais nitrogênio.

Veja também: Drones na agricultura: entendendo os múltiplos papéis da tecnologia em campo.

Conclusão

A fertilização dos solos para produções agrícolas tem se tornado cada vez mais comum, em um mundo onde a população aumenta em velocidade recorde.

Garantir alimentos para todos os seres humanos é papel dos produtores agrícolas. E, para isso, novas estratégias são desenvolvidas para acelerar a produção e melhorar a qualidade dos plantios, ao mesmo tempo que se tenta preservar a natureza.

Nesse sentido, tanto o MAP quanto o DAP fazem parte das táticas empregadas. Com toneladas de cada um usadas todos os anos, ambos fornecem às plantas fósforo e nitrogênio, dois dos principais nutrientes necessários para que se desenvolvam.

O fósforo é responsável pelo crescimento da planta. Ele tem papel fundamental no armazenamento e transferência de energia, como o ATP, a glicose e a frutose.

O nitrogênio também tem forte ligação com o desenvolvimento da planta. Ele promove a criação de clorofila, que é o pigmento verde encontrado nas folhas e que captura a radiação solar. É, então, indispensável para a realização da fotossíntese.

Ou seja, o nitrogênio possibilita a fotossíntese e o fósforo transmite a energia gerada por ela através das estruturas da planta.

Mesmo com essa extrema importância, as várias semelhanças entre esses adubos tornam difícil conhecer a fundo as particularidades de cada um. 

Decidir se o solo se encontra mais apto para receber o MAP ou o DAP é o principal passo para decidir qual a melhor escolha.

O Brasil é um país tropical, sofrendo com chuvas e altas temperaturas o ano inteiro. Por isso, possui solos mais velhos e mais ácidos. Dessa forma, é pertinente esperar que o DAP é a opção número um de fertilizantes à base de fosfato no país.

No entanto, as dimensões continentais do território nacional significam que existem também solos mais neutros, como é o caso da região do Rio Grande do Sul.

Com um solo de pH de média 7, o MAP se apresenta como boa alternativa para os terrenos do sul do país.

Independente da localidade do solo, é sempre recomendado que se faça a análise ácida para determinar o pH da terra. Só assim o produtor pode ter certeza de que faz a melhor escolha entre MAP ou DAP.

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