FIV em bovinos: como o melhoramento genético impacta no rebanho

FIV
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O melhoramento genético do rebanho é uma prática voltada para produção do melhor gado para venda e consumo. No entanto, não ocorre apenas por cruzamento entre certas espécies, mas também por meio do FIV em bovinos.

A fertilização in vitro em bovifnos toma como objetivo uma multiplicidade maior na produção de seres com genética superior. Por meio dessa técnica, o melhoramento genético encurta para três gerações ou até mesmo cerca de 10 anos de seleção.

Tendo esse salto na produção e na qualidade do produto, é natural que você queira saber mais sobre o FIV em bovinos!

O que é FIV em bovinos?

A fertilização in vitro, simplificando, se trata da fecundação dos oócitos colhidos do rebanho, com exemplares sendo pré-selecionados em laboratório. Com isso, o FIV serve para agilização da produção de bezerros e, consequentemente, bovinos melhores.

Com esse aprimoramento genético, se agrupa com outras biotécnicas como Inseminação Artificial, Inseminação Artificial em Tempo Fixo e Transferência de Embriões. Nessa biotécnica, é agilizada a progressão genética que tomaria anos para ocorrer.

No entanto, o FIV em bovinos conta com um diferencial: uma mesma fêmea pode produzir vários bezerros por ano, podendo ela reproduzir naturalmente ou não. O que importa para essa técnica é que as fêmeas sejam geneticamente superiores ao restante do rebanho.

Fecundação in vitro de bovinos: como funciona?

Ao trabalhar com FIV em bovinos, diversos processos são estabelecidos para que se ocorra o melhoramento genético. As principais são:

  • Aspiração folicular;
  • Maturação oocitária in vitro;
  • Fertilização in vitro;
  • Cultivo in vitro;
  • Transferência de embriões para receptores (também chamada de inovulação).

Esses cinco processos são agrupados em três etapas básicas: maturação in vitro (MIV), fertilização in vitro (FIV) e cultivo in vitro (CIV).

Maturação in vitro 

Essa primeira etapa começa pela aspiração folicular guiada por ultrassom (Ovum pick-up), um processo minucioso e detalhista que pede por um médico veterinário especializado.

Nesse processo, os folículos ovarianos são penetrados por meio de uma agulha, que é ligada a um sistema de vácuo. Com esse sistema, é aspirado o conteúdo líquido e, claro, o óvulo.

Após isso, os oócitos coletados são acondicionados em placas, que possuem cultura para que a maturação finalize em incubadora (cerca de 24h, no geral). Após maturados, os oócitos estão prontos para a segunda etapa.

Fertilização in vitro

Após ocorrer maturação, os oócitos passam para uma nova placa, que contém um meio de fertilização específico. Nesse meio, eles são cultivados com espermatozoides escolhidos de maneira criteriosa.

Assim, apenas espermatozoides vivos e sem fatores indesejáveis são selecionados no processamento de sêmen. No entanto, outras características são avaliadas, como concentração e motilidade deles.

Cultivo in vitro

O cultivo de embriões in vitro é a última etapa dessa fecundação, começando com os zigotos (união do oócito com espermatozoide) novamente transferidos. Numa nova placa, eles são postos num meio específico para desenvolvimento do embrião.

Assim, esse meio nutre os embriões, de forma que possuam os nutrientes essenciais para o consequente desenvolvimento. Geralmente num prazo de sete dias, é feita uma seleção e avaliação final dos embriões.

Após classificação, alguns são envasados de maneira individual em palhetas, de forma que sejam transferidos para vacas receptoras. No entanto, outros são enviados para congelamento.

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Quais são as vantagens da FIV em bovinos?

Desde o primeiro experimento in vitro no Brasil em 1994, essa técnica de fecundação tem se aprimorado e adquirido maiores benefícios. Algumas vantagens indiretas como afetar a qualidade do leite e outros fatores do organismo podem ser citadas.

No entanto, deve se destacar os benefícios diretos dessa técnica.

Qualidade genética superior

O FIV em bovinos é uma técnica de aprimoramento em que ambas as genéticas (macho e fêmea) são selecionadas de maneira específica. Dessa forma, é uma prática mais garantida em qualidade do que a inseminação artificial, por exemplo.

Aproveitamento melhor das fêmeas

Fêmeas muito novas ou muito velhas, além daquelas com anomalia que não permite a gestação natural, tem a chance de reproduzir nessa técnica. Assim, todas as fêmeas do rebanho têm a chance de serem aproveitadas na produção.

Além disso, um grande número de embriões pode ser produzido a partir de uma mesma doadora – um aproveitamento alto para o rebanho.

Melhor resistência ao congelamento

Outra qualidade inerente dessa técnica é a promoção de maior resistência do embrião à criopreservação (congelamento em temperaturas muito baixas). Dessa forma, se possibilita um comércio mais fácil do embrião coletado.

Menor número de intervalos entre coletas

A aspiração folicular na fecundação in vitro pode ser realizada a cada 15 dias de intervalo. Sendo assim, é um processo possível de realizar em recém-paridas, inseminadas pré-púberes e até gestantes.

Maior eficiência na utilização de sêmen sexado

Com um melhoramento genético direcionado, a técnica permite a obtenção maior de fêmeas muito mais melhoradas. No entanto, a vantagem é que isso é feito sem descartar ou vender os machos.

Como é a produção de embriões bovinos no Brasil?

A produção de embriões bovinos no Brasil, por FIV, é uma prática reconhecida por países como Costa Rica e Uruguai, para o qual exporta. Inclusive, o país é líder nesse quesito, independente do sistema de criação adotado pelos brasileiros, como o confinamento.

A fecundação in vitro não só é lucrativa para o país, promovendo aumento de renda, como também gera produtividade do rebanho. O Brasil entende disso, produzindo incubadoras portáteis, o que possibilita o embrião se desenvolver até em transporte.

Além disso, o custo da fertilização in vitro em bovinos é recompensado com os benefícios, principalmente com essa transferência de embriões frescos.

No entanto, é importante que a FIV seja utilizada de maneira estratégica, com o acompanhamento de um consultor capacitado. É por meio desse especialista que o pecuarista recebe a melhor doadora e o sêmen do melhor touro.

Para isso, o Brasil dispõe de centrais de transferência de embriões, instituições que disponibilizam o serviço completo de fecundação in vitro.

Veja também: Pecuária de precisão: O que é e como pode ser o diferencial do seu negócio

Por que optar pela FIV em bovinos?

Como já dito, a fecundação in vitro permite agilidade do melhoramento genético no rebanho. Isso já é vantajoso, mas fica mais vantajoso quando comparada com outras biotécnicas: Inseminação Artificial garante um bezerro por ano, Transferência um por mês.

Já a FIV em bovinos garante um bezerro por semana. Essa geração mais rápida pode garantir ganhos espetaculares, seja na genética ou na economia local. Se for aplicada por um profissional, é um salto enorme para o pecuarista em sua produção.

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